Pandemia em Salvador: o que foi feito e seu suposto fim

*Mariana De Siervi

Em março por causa da Covid-19 se iniciou uma quarentena em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. Em Salvador não diferiu, o comércio foi fechado e as aulas suspensas e a prefeitura entrou em ação, para realização de projetos para o combate da nova doença. Essas questões foram discutidas no webinário realizado pelo canal da Rede CoVida, no último dia 05 de novembro.

O secretário de saúde de Salvador, Léo Prates, enfatizou seu trabalho em três pilares: ouvir os profissionais de saúde, como os sanitaristas, as trocas da Academia com a Secretaria e o diálogo entre todos os envolvidos, sem colocar partidarismo na causa. Listou o que foi feito em seu mandato como o Gabinete de Crise, Sala de Situação e Plano de Contingência e ainda comentou:

“Venho cobrando a cada dois meses esse Plano de Contingência sempre atualizado. Acredito ser importante para o futuro, como eu tenho debatido muito com sanitaristas nesse período, me convenci que essa não será a última pandemia”, afirmou.

Defesa

A epidemiologista da Rede CoVida Maria Yury Ichihara fez um panorama sobre a doença na cidade de Salvador, trazendo dados de contaminados, curados e óbitos desde do primeiro caso registrado até o momento atual após seis meses de quarentena.

“A pandemia não acabou, apesar de os números de casos em Salvador terem reduzidos, em outros estados do Nordeste o número de casos vem crescendo, por isso devemos ficar atentos” disse Ichihara, refletindo sobre mesmo com a retomada dos bares, restaurantes e comércio, a COVID-19 ainda estar presente em nossa cidade e é necessária atenção, já que existem possibilidades de uma nova onda acontecer.

Saúde é o assunto principal nesse momento de quarentena, mas além dela, é necessário se discutir sobre questões sociais e econômicas que foram afetadas com essa nova realidade. Com a paralisação, a taxa de desemprego aumentou, mas já esta retomando o número de contratações no momento e casos de violência doméstica tomou o mesmo caminho, chamando atenção pelo aumento de 80% de casos em Salvador, assunto discutido pelo economista Gervásio Ferreira.

Dinâmica

A quarentena na capital baiana perdura, mesmo com as flexibilidades e não se sabe ao certo seu fim e o que vem pela frente. Como dito anteriormente, é necessário ter atenção para os números que vem subindo por isso pode-se ter uma nova onda.

Moderadora do webinário, a infectologista Glória Teixeira chamou atenção das únicas forma de prevenção validadas: distanciamento social, o uso contínuo de máscaras e a lavagem de mãos/uso de álcool em gel para que principalmente as pessoas no grupo de risco sejam protegidas.

Assista aqui o debate completo:

*Mariana De Siervi é Graduanda em Bacharelado em Humanidades na Universidade Federal da Bahia e voluntária da Rede CoVida.

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